terça-feira, 5 de novembro de 2013

STR, trabalhadores x Usina de Araguari

O STR - Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araguari, Cascalho rico e Indianópolis espera para esta quinta-feira a posição da Concrenor (Usina de Araguari) quanto ao pagamento das parcelas acordadas com trabalhadores demitidos . O parcelamento é  referente à verbas rescisórias devidas a um grupo de 42 trabalhadores.  Pelo acordo firmado os valores seriam pagos em três parcelas consecutivas, com a última vencendo em 19 de novembro.  A segunda deveria ter sido paga em 18 de outubro.
Segundo Alcides Lima, presidente do STR, não é a primeira vez que a Usina  deixa de honrar os compromissos firmados. “Infelizmente se tornou comum este tipo de situação. Há pouco tempo fizemos acordo junto com outro grupo de trabalhadores e os atrasos ocorreram. Isso dificulta ainda mais a vida do trabalhador que tem que manter a família e tem compromissos a pagar. Sem dinheiro, vêm os juros e muitos acabam caindo até em mãos de agiotas”.
O líder sindical também ressaltou que desde o final de 2011 as reclamações dos trabalhadores contra a Usina são  frequentes e não estão relacionadas apenas aos acertos trabalhistas. A empresa também não tem honrado questões como horas extras, horas in itinere, cesta básica, férias, 13º e o pagamento integral dos salários.

Dívida trabalhista chega a R$20 milhões

Com relação à ação coletiva proposta pelo STR na Justiça do Trabalho, em fevereiro de 2012, Alcides Lima, adiantou haver expectativa de acordo para esta sexta-feira. O montante devido a trabalhadores soma cerca de R$20 milhões, incluindo os valores das ações individuais, e valores devidos à Previdência Social. 
A possível saída para saldar a dívida trabalhista pode vir da venda de um imóvel rural, pertencente à usina, avaliada em R$ 35 milhões e já penhorada.  Mas esta solução esbarra em embargos judiciais propostos pelo Banco Sufisa,credor da usina, que visam impedir a venda ou o leilão do imóvel. “O banco alega ter a propriedade como garantia da dívida, que hoje estaria em torno de R$30 milhões. Por outro lado a Justiça tem entendido que o acerto dos trabalhadores tem prioridade. Esperamos que o impasse se resolva nesta audiência”, finaliza. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário