O STR - Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Araguari, Cascalho rico e Indianópolis espera para esta
quinta-feira a posição da Concrenor (Usina de Araguari) quanto ao pagamento das parcelas
acordadas com trabalhadores demitidos . O parcelamento é referente à verbas rescisórias devidas a um
grupo de 42 trabalhadores. Pelo acordo
firmado os valores seriam pagos em três parcelas consecutivas, com a última vencendo
em 19 de novembro. A segunda deveria ter
sido paga em 18 de outubro.
Segundo Alcides Lima, presidente
do STR, não é a primeira vez que a Usina
deixa de honrar os compromissos firmados. “Infelizmente se tornou comum
este tipo de situação. Há pouco tempo fizemos acordo junto com outro grupo de
trabalhadores e os atrasos ocorreram. Isso dificulta ainda mais a vida do
trabalhador que tem que manter a família e tem compromissos a pagar. Sem
dinheiro, vêm os juros e muitos acabam caindo até em mãos de agiotas”.
O líder sindical também ressaltou
que desde o final de 2011 as reclamações dos trabalhadores contra a Usina
são frequentes e não estão relacionadas
apenas aos acertos trabalhistas. A empresa também não tem honrado questões como
horas extras, horas in itinere, cesta básica, férias, 13º e o pagamento integral dos
salários.
Dívida trabalhista chega a R$20 milhões
Com relação à ação coletiva
proposta pelo STR na Justiça do Trabalho, em fevereiro de 2012, Alcides Lima,
adiantou haver expectativa de acordo para esta sexta-feira. O montante devido a
trabalhadores soma cerca de R$20 milhões, incluindo os valores das ações individuais, e valores devidos à Previdência Social.
A possível saída para
saldar a dívida trabalhista pode vir da venda de um imóvel rural, pertencente à
usina, avaliada em R$ 35 milhões e já penhorada.
Mas esta solução esbarra em embargos judiciais propostos pelo Banco
Sufisa,credor da usina, que visam impedir a venda ou o leilão do imóvel. “O
banco alega ter a propriedade como garantia da dívida, que hoje estaria em
torno de R$30 milhões. Por outro lado a Justiça tem entendido que o acerto dos
trabalhadores tem prioridade. Esperamos que o impasse se resolva nesta
audiência”, finaliza.